Resilientes
Saiba tudo sobre resiliência e veja por que as empresas preferem os resilientes
21 de julho de 2008 às 00:01
É a competência do momento. Livros, jornais e revistas deixaram um pouco o tema liderança de lado - cá entre nós, já estava ficando cansativo - e passaram a falar de resiliência. Elástico e silicone. Por incrível que pareça, essas palavras têm tudo a ver com os profissionais. Explica-se: o termo resiliência provém do latim, do verbo resilire, que significa "voltar para trás" ou "voltar ao estado natural". Historicamente, a noção de resiliência foi primeiramente utilizada pela Física e pela Engenharia, que entendia que a palavra significava "propriedade pela qual a energia armazenada em um corpo deformado é devolvida quando cessa a tensão causadora da deformação elástica". A explicação é do consultor organizacional Eduardo Carmello, diretor da Entheusiasmos Consultoria em Talentos Humanos e autor do livro "Resiliência - A transformação como ferramenta para construir empresas de valor", da Editora Gente. Ele conta que o conceito se desenvolveu e, hoje, as empresas enxergam resiliência como algo muito mais amplo. "As pessoas escutam de seus chefes ou lêem em algum lugar que elas precisam ser resilientes, mas não entendem o que isso significa. Quando procuram no dicionário, encontram a definição que diz que resiliência é o poder de recuperação, a capacidade de suportar pressão. Com isso, elas entendem que precisam ser passivas. Mas resiliência não é isso", conta. Afinal, o que é resiliência? Carmello explica que resiliência é a capacidade de: - Promover as mudanças necessárias para atingir seus objetivos e os da empresa; - Manter as competências e habilidades, mesmo diante das adversidades; - Antecipar crises, prever adversidades e se preparar para elas; - Ter firmeza de propósito e manter a integridade. "O profissional resiliente tem três principais características: ele é antenado no mercado e detecta os sinais de oportunidades, frente a mudanças ou adversidades, sem ficar só olhando para o lado ruim da situação; ele consegue entregar o que promete; e ele é capaz de promover mudanças estratégicas e entender seu valor", afirma Carmello. Por que as empresas preferem os resilientes? "A maioria dos profissionais, cerca de 80%, segundo pesquisas, tem suas competências diminuídas frente a um ambiente de tensão ou de mudança", sublinha o especialista. Para quem não consegue imaginar a dimensão do problema, vale a pena enfatizar os inúmeros riscos aos quais as empresas estão submetidas. Entrada de novos concorrentes no mercado, enfraquecimento do dólar - o que prejudica as exportações -, alta da inflação, saída de funcionários em posições estratégicas, para citar apenas alguns. Carmello ainda lembra que, no mundo empresarial, a cada dez projetos de mudança, apenas um dá certo. "O resiliente não espera a crise acontecer para fazer algo, ele se antecipa às mudanças, porque está sempre ligado para o que acontece no mercado, fora da empresa. É o que mais se espera dos profissionais hoje. Se você acha que, nos últimos dez anos, muita coisa mudou, é porque não sabe o que irá acontecer nos próximos dez". Em outras palavras, espera-se que os profissionais sejam protagonistas e agentes das mudanças no mercado. "Será que, de fato, ninguém esperava a crise no setor imobiliário americano? Será que o dólar mais fraco era imprevisível? Muitos dizem que a crise financeira que atinge os Estados Unidos não chegará ao Brasil, mas não é certeza. A verdade é que o mercado financeiro é muito imaturo. Por conta de especulações, as pessoas entram em pânico e daí surge a crise. Não é alarmismo, mas o resiliente se prepara para a realidade do mercado". Como cultivar a resiliência No livro "Resiliência - A transformação como ferramenta para construir empresas de valor", o consultor dá algumas dicas de como se tornar um profissional resiliente. Comece se questionando: - No momento em que o obstáculo apareceu, você caminhava para alcançar o quê? - Você está alinhado a algum processo ou desafio estratégico? - Você procura olhar para a verdadeira dimensão da realidade, transformando a tensão e o foco de energia não em adversidade, mas em um propósito maior? - O que você considera como adversidade? - O que você está fazendo com relação às adversidades? - Que tipo de postura você adota: enfrentar a situação ou se desviar do problema? (seja sincero na resposta) - O que você pode fazer para promover o crescimento e o fortalecimento da empresa? Agora, analise a seguinte situação, para avaliar seu nível de resiliência: o gás explodiu e queimou a casa inteira: Nível 1 de resiliência: recuperando-se de traumas: - Atitude: Não se antecipou ao acidente nem à conseqüência dele. - Resposta resiliente: "Eu não consegui, no momento, ativar recursos ou competências necessárias para controlar o acidente, mas saí vivo de lá". Nível 2: tornando-se mais flexível, leve e consistente: - Atitude: Conseguir agir bem diante do grau de exigência da conseqüência, mesmo sem ter se antecipado à situação. - Resposta resiliente: "Eu consigo agir antes que a conseqüência se torne desastrosa". Nível 3: Crescer, mesmo em ambiente de mudança e adversidade: - Atitude: Necessidade de ampliar recursos para lidar com o alto nível de exigências das conseqüências em razão de não ter se antecipado à situação. - Resposta resiliente: "Eu consigo construir competência a tempo de minimizar o impacto da conseqüência, ou seja, recorro a amigos, chamo os bombeiros, isolo materiais inflamáveis etc." Nível 4: Antecipando acontecimentos e transformando a realidade: - Atitude: Antecipar-se para que, frente à situação, nada de errado aconteça, talvez nem a própria situação venha a acontecer. - Resposta resiliente: "Eu me antecipo à situação, evitando que ela aconteça e obtendo total controle sobre a situação e/ou a conseqüência dela".
http://www.administradores.com.br/noticias/saiba_tudo_sobre_resiliencia_e_veja_por_que_as_empresas_preferem_os_resilientes/15984/
21 de julho de 2008 às 00:01
É a competência do momento. Livros, jornais e revistas deixaram um pouco o tema liderança de lado - cá entre nós, já estava ficando cansativo - e passaram a falar de resiliência. Elástico e silicone. Por incrível que pareça, essas palavras têm tudo a ver com os profissionais. Explica-se: o termo resiliência provém do latim, do verbo resilire, que significa "voltar para trás" ou "voltar ao estado natural". Historicamente, a noção de resiliência foi primeiramente utilizada pela Física e pela Engenharia, que entendia que a palavra significava "propriedade pela qual a energia armazenada em um corpo deformado é devolvida quando cessa a tensão causadora da deformação elástica". A explicação é do consultor organizacional Eduardo Carmello, diretor da Entheusiasmos Consultoria em Talentos Humanos e autor do livro "Resiliência - A transformação como ferramenta para construir empresas de valor", da Editora Gente. Ele conta que o conceito se desenvolveu e, hoje, as empresas enxergam resiliência como algo muito mais amplo. "As pessoas escutam de seus chefes ou lêem em algum lugar que elas precisam ser resilientes, mas não entendem o que isso significa. Quando procuram no dicionário, encontram a definição que diz que resiliência é o poder de recuperação, a capacidade de suportar pressão. Com isso, elas entendem que precisam ser passivas. Mas resiliência não é isso", conta. Afinal, o que é resiliência? Carmello explica que resiliência é a capacidade de: - Promover as mudanças necessárias para atingir seus objetivos e os da empresa; - Manter as competências e habilidades, mesmo diante das adversidades; - Antecipar crises, prever adversidades e se preparar para elas; - Ter firmeza de propósito e manter a integridade. "O profissional resiliente tem três principais características: ele é antenado no mercado e detecta os sinais de oportunidades, frente a mudanças ou adversidades, sem ficar só olhando para o lado ruim da situação; ele consegue entregar o que promete; e ele é capaz de promover mudanças estratégicas e entender seu valor", afirma Carmello. Por que as empresas preferem os resilientes? "A maioria dos profissionais, cerca de 80%, segundo pesquisas, tem suas competências diminuídas frente a um ambiente de tensão ou de mudança", sublinha o especialista. Para quem não consegue imaginar a dimensão do problema, vale a pena enfatizar os inúmeros riscos aos quais as empresas estão submetidas. Entrada de novos concorrentes no mercado, enfraquecimento do dólar - o que prejudica as exportações -, alta da inflação, saída de funcionários em posições estratégicas, para citar apenas alguns. Carmello ainda lembra que, no mundo empresarial, a cada dez projetos de mudança, apenas um dá certo. "O resiliente não espera a crise acontecer para fazer algo, ele se antecipa às mudanças, porque está sempre ligado para o que acontece no mercado, fora da empresa. É o que mais se espera dos profissionais hoje. Se você acha que, nos últimos dez anos, muita coisa mudou, é porque não sabe o que irá acontecer nos próximos dez". Em outras palavras, espera-se que os profissionais sejam protagonistas e agentes das mudanças no mercado. "Será que, de fato, ninguém esperava a crise no setor imobiliário americano? Será que o dólar mais fraco era imprevisível? Muitos dizem que a crise financeira que atinge os Estados Unidos não chegará ao Brasil, mas não é certeza. A verdade é que o mercado financeiro é muito imaturo. Por conta de especulações, as pessoas entram em pânico e daí surge a crise. Não é alarmismo, mas o resiliente se prepara para a realidade do mercado". Como cultivar a resiliência No livro "Resiliência - A transformação como ferramenta para construir empresas de valor", o consultor dá algumas dicas de como se tornar um profissional resiliente. Comece se questionando: - No momento em que o obstáculo apareceu, você caminhava para alcançar o quê? - Você está alinhado a algum processo ou desafio estratégico? - Você procura olhar para a verdadeira dimensão da realidade, transformando a tensão e o foco de energia não em adversidade, mas em um propósito maior? - O que você considera como adversidade? - O que você está fazendo com relação às adversidades? - Que tipo de postura você adota: enfrentar a situação ou se desviar do problema? (seja sincero na resposta) - O que você pode fazer para promover o crescimento e o fortalecimento da empresa? Agora, analise a seguinte situação, para avaliar seu nível de resiliência: o gás explodiu e queimou a casa inteira: Nível 1 de resiliência: recuperando-se de traumas: - Atitude: Não se antecipou ao acidente nem à conseqüência dele. - Resposta resiliente: "Eu não consegui, no momento, ativar recursos ou competências necessárias para controlar o acidente, mas saí vivo de lá". Nível 2: tornando-se mais flexível, leve e consistente: - Atitude: Conseguir agir bem diante do grau de exigência da conseqüência, mesmo sem ter se antecipado à situação. - Resposta resiliente: "Eu consigo agir antes que a conseqüência se torne desastrosa". Nível 3: Crescer, mesmo em ambiente de mudança e adversidade: - Atitude: Necessidade de ampliar recursos para lidar com o alto nível de exigências das conseqüências em razão de não ter se antecipado à situação. - Resposta resiliente: "Eu consigo construir competência a tempo de minimizar o impacto da conseqüência, ou seja, recorro a amigos, chamo os bombeiros, isolo materiais inflamáveis etc." Nível 4: Antecipando acontecimentos e transformando a realidade: - Atitude: Antecipar-se para que, frente à situação, nada de errado aconteça, talvez nem a própria situação venha a acontecer. - Resposta resiliente: "Eu me antecipo à situação, evitando que ela aconteça e obtendo total controle sobre a situação e/ou a conseqüência dela".
http://www.administradores.com.br/noticias/saiba_tudo_sobre_resiliencia_e_veja_por_que_as_empresas_preferem_os_resilientes/15984/
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